sábado, 14 de março de 2009



paratexto




Se eu habitar o espaço que hammershoi criou propositadamente vazio como um convite ao monólogo. Talvez ao sol, se for dia de inverno, ou então se uma tarde de verão me empurrar para o sossego da sombra.

Deixo maximilien aue fechado nas páginas bienvaillantes e esqueço o diálogo que venho tendo com ele, olhos nas palavras, sem saber se sou ou que o sigo se é ele a seguir-me, neste vício de tratar personagens por tu.
Abdico do medo de estimação que legitima a ausência da minha própria escrita; injustifico a argumentação que a mim mesma apresento, desde a falta de tempo, ao cansaço e à desmotivação. Abraço a flor seca que é preciso regar. Aquela flor que resistiu a inúteis tempestades e a insensatas convicções.

No espaço de hammershoi, seja inverno ou seja verão, apenas se ouve a linha do tempo a que um relógio imaginário marcou o começo de uma nova luz.


2 comentários:

  1. Hoje comprei jacintos, mas o meu "jardim" está descuidado, também um pouco seco. Amanhã será um bom dia para o revitalizar :)

    Bjs e bom domingo.

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  2. Jacintos lembram-me melancolias. Um jardim é sempre um bom estímulo: se estiver viçoso guardamos lá os segredos, se estiver seco ansiamos reavivá-lo.

    Beijinhos

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